terça-feira, 25 de maio de 2010

Obrigado pelos peixes!


Hoje é o Towel Day, dia dos amantes desse livro aí na foto escrito por esse cara aí que está na lápide da foto. A toalha foi minha homenagem quando passei por Londres e visitei o cemitério. A toalha eu deixei lá. O livro eu não deixei porque queria meu melhor (e único) companheiro de viagem ao meu lado.

Ultimamente estou muito nostálgico. Quase tudo me faz lembrar de 2008. As pequenas coisas e conversas do dia a dia me fazem relembrar da outra vida que tive naquele ano. Todas as experiências novas, sensações novas, lugares diferentes, enfim, ter uma liberdade que nunca tive antes. Viver algo que nunca tinha pensado que pudesse existir. Ser livre desse mundo fechado e pequeno que estou vivendo agora.

Esse que me dá vontade de ir, sair, largar tudo mas onde o medo eu acho que é maior. Esse mundo tem amarras muito fortes. É em um certo ponto de vista atrativo. Não sei se valerá a pena, não sei nem se é isso que eu quero pra mim. Mas acho que vou até o fim. Até porque não tenho mais pra onde ir agora. Muitos dos caminhos já se fecharam pra mim. Não tenho muita escolha, mas as escolhas que tenho me deixam confuso. Eis o problema. Na verdade esse sempre foi meu problema. Querer tudo e não ter idéia por onde começar ou como fazer pra conseguir.

Acho que estou tentando buscar uma alternativa praquilo que não estou conseguindo realizar agora. Estou com sérios problemas com minha vida em geral. E nada mais confortante/fácil que largar tudo e sair por aí sem responsabilidades ou amarras. Não acho que nasci pra uma vida complicada. Gosto de coisas simples. Ver um jogo de futebol com amigos, beber uma cerveja no final de semana, viajar, ler as tiras de quadrinhos do jornal, comer um bom frango com polenta da minha avó, passar o Natal em família, pegar uma balada de vez em quando, dirigir meu carro, ver o por do sol, caminhar, ler um livro sem ter a obrigação de fazê-lo, ouvir minhas 3169 músicas do computador (as quais ouço mesmo só umas 40), cuidar do meu cacto... todas coisas simples que ultimamente tenho sentido muita falta de fazer.

Pra quem lê isso pode num fazer o menor sentido, mas não estou reclamando das opções que fiz, só não sei se quero continuar a levá-las adiante. Agora a vontade é de pegar minha toalha e ir embora. Sair, largar tudo, tentar ter uma nova perspectiva da vida, ver o que ela tem a me oferecer e ver se estou realmente indo pro lugar certo. Sabe, subir numa árvore bem grande e ver adiante se esse caminho que trilho vai dar realmente em algum lugar ou se preciso mudar de rumo.

Estou meio perdido nesse instante da minha vida. Não sei se mudo completamente quem eu sou ou se tento mudar o ambiente em que estou. Não sei qual ou quem é o problema. Só sei que existe um e que preciso tentar consertá-lo. Como? ainda não sei. Ainda não decidi. Se eu for o problema preciso fazer algo em relação a isso. O que? ainda não sei. Talvez começar pelas pequenas coisas.. parar de ir pra todas as baladas, parar de beber em demasia, concentrar em meus estudos, ter um hábito de vida saudável (tipo me alimentar direito e fazer um exercício físico), reciclar, arranjar um relacionamento estável.. sabe, as pequenas coisas da vida. Se não for eu o problema aí vai ser mais difícil. O ambiente é algo extremamente complicado de se mudar. É preciso muito esforço e coragem pra isso.

Acho que vou tentar me mudar primeiro. Se não der certo, mudo tudo que estiver ao meu redor. É... não vai ser fácil. Definitivamente não vai ser fácil.
"Eu estou tendo sérios problemas com meu estilo de vida" - Douglas Adams

#Dona Joana - Me gusta la Tequila/Amor de mamãe#

terça-feira, 11 de maio de 2010

O pior dia do ano (até agora)

Bom, faz tempo que eu num posto nada por aqui, mas hoje eu dormi umas 7 horas à tarde e tô sem sono nenhum, então resolvi escrever.

Meu 6º ano num tem sido dos melhores. Achei que ia ser bem legal, mas num tá tão bom assim. Num sei exatamente o porquê, mas sei que num estou conseguindo aproveitar tanto quanto aproveitei o ano passado.

A formatura no começo do ano foi legal, mas infelizmente eu não lembro de muita coisa. Comecei pela Pediatria que, embora tenha muita coisa chata, me surpreendeu positivamente até. O Carnaval eu passei em Santa Fé, o que não foi ruim, mas podia ter sido bem melhor. A Botunicambeirão foi bem legal, mas faltou um quê pra ficar ainda melhor. Não teve adeus Ped nem adeus GO. A Intercalo foi uma porcaria. Bati o carro. Tô dando plantões de 36 e 48 horas mais do que alguém deveria fazer. "Tô sozinho e sem ninguém pra me amar" (Raimundos - Palhas do Coqueiro). Não tô conseguindo estudar o tanto que eu quero nem o tanto que eu preciso. Ainda não vi como vou fazer com minha formatura e tô sem previsão nenhuma. Derrubei minha pizza inteira dentro do meu coturno. Tô sem grana pra nada. Fiz coisas dais quais não me lembro e outras das quais me arrependo (ou não... num decidi ainda). Tenho coisas pra fazer mas não consigo arranjar tempo. E o tempo que eu tenho eu desperdiço.

Não sei se estou olhando só o copo meio vazio ao invés do meio cheio, mas o primeiro está me chamando mais atenção. Ou então isso é só uma consequência de hoje. Porque hoje o dia foi realmente muito ruim.

Esperar ansiosamente pela escalação da seleção brasileira e ver o Dunga chamar Julio Batista, Grafite, Kléberson, Doni, Ramires e Felipe Melo foi a gota d'água. Acabar com as esperanças de um estágio rural vendo show na Copa foi demais. Não convocar gênios do futebol (Ganso, Gaúcho) pra chamar esses felasdaputa que num jogam nada na seleção é de foder o pau da pipa. Que que é isso? Agora vou ter que torcer pra Espanha ou Holanda e ter que aguentar aqueles argentinos indo pras finais e nós caindo nas oitavas de novo.

Hoje é o pior dia do ano até agora. E olha que o final de semana passado foi trash.